O objeto poema (uma talvez resposta?)
IX.
O poema é antes de tudo um inutensílio.
Hora de iniciar algum
convém se vestir roupa de trapo.
Há quem se jogue debaixo de carro
nos primeiros instantes.
Faz bem uma janela aberta
uma veia aberta.
Pra mim é uma coisa que serve de nada o poema
enquanto vida houver.
Ninguém é pai de um poema sem morrer.
[Manoel de Barros. Sabiá com trevas (fragmento) In: Arranjos para assobio]
O poema é antes de tudo um inutensílio.
Hora de iniciar algum
convém se vestir roupa de trapo.
Há quem se jogue debaixo de carro
nos primeiros instantes.
Faz bem uma janela aberta
uma veia aberta.
Pra mim é uma coisa que serve de nada o poema
enquanto vida houver.
Ninguém é pai de um poema sem morrer.
[Manoel de Barros. Sabiá com trevas (fragmento) In: Arranjos para assobio]
1 Comments:
Eu amo esse poeta!Queria que ele fosse meu avô pai do meu pai!
beijo!
By Flávia Muniz Cirilo, at quarta-feira, março 21, 2007 3:56:00 PM
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